stereoloser

28.6.05

Come As You Are [UK Single]



Vou dizer uma coisa. Cansei.
Enjoei do nome do blog e como o Vidal disse, antes que comece a procurar The Spiders From Mars e vire o Ziggy Stardust, vamos enterrar essa coisa de stereo, que já perdeu a graça.

Lição de casa: me ajude a pensar em um novo nome para blog?

O formato dos posts deve continuar o mesmo, quero continuar publicando alguns contos mas o resto do conteúdo tende a ficar menos sério. Juro que vou tentar.

Surpreenda-me. Depois te pago um café.

-----

O template não é mesmo uma graça? O único problema é que dá¡ alguns problemas com o Firefox, mas essa garota Marina é realmente boa nisso. AmEi!
Endless, Nameless | Nirvana

23.6.05

Highly Refined Pirates



Sabe aquela história que falo quase sempre? Que desisti de tentar fazer o mundo melhor, ao invés disso quero fazer o meu mundo melhor?
Bom, se não lembra não custa repetir. Falo isso principalmente quando comento sobre o Clube do Pirata [gravar um CD para um amigo é mais barato que uma passagem de ônibus e mais rápido que esperá-lo].

Pois é, neste link reside um cara que faz meu mundo um pouco melhor. Óbvio que não gosto de tudo o que está lá, mas só a idéia e iniciativa por si já valem.

Sr. WildLife, não o conheço, mas caso chegue algum dia por essas bandas, saiba que há um viciado em música que gostaria de humildemente servir a sua causa. Mas o mais importante é dizer: filhote, que ducaralho. Genial.

Longa vida ao WildLife.

-----

Em breve devo implementar mais uma ação da campanha "Fazer o meu mundo melhor". Aguardem [ou não].

Prazeirosamente ouvindo: You Kill Bugs Good, Man | Minus The Bear

21.6.05

Emperor Tomato Ketchup



Olá querido,

Cheguei bem e as crianças já estão no forno. A viagem desastrou bem. A aeromoça insistiu em fazer-me um boquete ameaçando-me inclusive de deportação caso fizesse escândalo. Ludibriei-a e o ônibus balançava tanto que acabou desistindo. Obviamente convidei-a para um café, por que não sou dessas que faz compras e paga com precatórios.

Amanhã cedo preciso queimar alguns soutiens na empresa. É para o treinamento anti-terrorismo promovido pela Warner. Acho que vai ser um sucesso. Confesso que estou um pouco nervosa e acabei tomando quase um vidro inteiro de sucrilhos, espero que resolva.

Por falar em Pinback, se tiver um tempo livre, por favor fotografe nossa vizinha. Sabe como isso é importante para a política, pricipalmente agora que você conseguiu o cargo de auxiliar de mecânico.

Ah, que alpiste de você.
Não esqueça também de tirar o penis antes de dormir. A mamãe agradece.

Atenciosamente,
Sua eterna falácia.

Bah, tá de brincadeira comigo > Anonymous Collective | Stereolab

15.6.05

Our Endless Numbered Days



Tirinha
[quadrinho #1] Hoje perguntei algo para mim e...
[#2] ...
[#3] bom, precisa ver como é chato quando você começa a ignorar a si mesmo.

ɉ, estava ouvindo Each Coming Night | Iron And Wine

12.6.05

The Queen Is Dead



No caminho para o Personal Fest 04, mais especificamente para o show do Morrissey, ficava importunando o Garbin. O que leva tantas pessoas a idolatrarem um músico que sequer toca algum instrumento? Tá, ele tem uma voz bonita, mas diabos, não pode ser suficiente. Garbin despretenciosamente explicava que Moz era um artista completo, mesmo sem tocar instrumento algum. Além disso as letras pegavam em cheio em várias situações e que talvez isso fizesse muita gente identificar-se com o britânico.
É, hoje, mais do que nunca, entendi isso. Mais do que entender começo a questionar.

Com vocês, ele:

"If you're so funny
Then why are you on your own tonight?
And if you're so clever
Then why are you on your own tonight?
If you're so very entertaining
Then why are you on your own tonight?
If you're so very good-looking
Why do you sleep alone tonight?"
Ouça: I Know It's Over | Smiths

11.6.05

No Flu Do Mundo



Minha vergonha é não ter nada original do DeFalla e a banda toda ter que autografar o CD do Flu. Além de ter pedido autógrafo, claro (a que ponto cheguei?).

Mais não falo porque tenho uma resenha para terminar além da transcrição da entrevista.
Aliás, falo mais sim: DUCARALHO. Sei lá daqui quanto tempo outra noite assim.

-----

Tinha colocado uma foto aqui, mas depois coloco no Multiply e passo o link.
Referência: Bobo Alegre | Flu

10.6.05

Ventura



Em um período negro um verme amigo toca a campainha e me traz uma página da revista VIP de janeiro de 2005. Uma coluna do Fabio Hernandez que reproduzo abaixo, justamente porque ajudou meu racional e acho que pode ajudar alguém que estou aprendendo a gostar bastante.
Caso ache pertinente, copie esse texto (com os devidos créditos). Mais cedo ou mais tarde vai encontrar alguém para repassar, assim como fizeram pra mim e como estou fazendo agora. Tomara que ajude.

-----

NEM SEMPRE SERÁ� ASSIM
Como lidar com a dor do final da paixão

Penso na dor dos amores perdidos. E penso numa fábula oriental. Mais ou menos assim: um rei pede ao homem mais sábio do reino que lhe escreva num papelzinho palavras para ler num momento de extrema aflição, um conforto na adversidade. O sábio cumpre a tarefa. Não muito tempo depois, o reino é invadido. O rei, sem saí­da, foge. Perdera tudo: poder, dinheiro, relevância. Ele, então, recorre ao bilhete do sábio. Ali está dito: "Nem sempre será assim". O rei caí­do consegue, aos poucos, rearrumar suas forças. Retoma seu reino. E encontra o sábio. Ouve, agora no fausto reconsquistado, no poder recuperado, mais uma vez a sentença: "Nem sempre será assim".

A frase resume o perpétuo vai-e-vem das elevações e quedas, a inconstância da sorte, a fugacidade de tudo que acontece sob o sol. Todo homem arrasado pelo final de um amor deveria ter no bolso um papelzinho com a advertência do sábio oriental. O sofrimento aparentemente insuportável vai desaparecer. O que parecia ser um inverno eterno dentro de nós receberá a visita redentora do sol que avisa que o verão ou já chegou ou está perto. A tristeza que estávamos certos de ser imortal revela-se frágil e é batida por uma lufada cálida de alegria.

E de novo: nem sempre vai ser assim.

Proust, se me lembro bem, notou uma curiosidade amorosa extraordinária. Certas pessoas não sofrem apenas com a dor de uma ruptura. Têm, depois, uma outra dose de sofrimento quando percebem enfim que a dor se foi. Uma espécie de nostalgia da aflição as toma e pode derrubá-las pela segunda vez. A tese proustiana é que, para alguns, se a dor se foi, é porque o amor não existiu. Foi ilusão, não realidade. Na fantasia sentimental dessas pessoas, o ideal é ficar acorrentado à dor para sempre, num roteiro lacrimejante e mórbido que nem o sábio oriental de quem falamos é capaz de alterar.

Travessia
Mas Proust falava de uma categoria que é exceção: os eufóricos do desespero, os alegres da tristeza. Os extravagantes do amor que, ao contrário de todos, torcem para que não seja ela, a amada perdida, quando o telefone toca. E que, sem se dar conta, se decepcionam se se trata de uma tentativa telefônica de reaproximação. Para o resto da humanidade, o desafio nos rompimentos é atravessar a ponte que leva da depressão à vida rotineira. A travessia é mais fácil quando sabemos que, por mais árdua que pareça, a realizaremos. Basta ser perseverante, basta ter determinação. Basta andar.

E pronto. Finalmente completamos a convalescença amorosa. Estamos num bar, numa festa, e somos assaltados subitamente pela visão miraculosa de uma mulher como jamais existiu outra. Por ela, somos capazes de tudo. Talvez até de deixar de ver uma partida de futebol do nosso time domingo à tarde. Talvez. E ela corresponde, com certeza. Aquele olhar demorado, quase fixo, sorridente: não há como se enganar. Logo nos primeiros encontros, logo as regras peculiares de cada história de amor, logo os códigos, logo os risos constantes que marcam todo começo. Parece um conto de fadas.

Mas nem sempre vai ser assim.

-----

O mesmo Verme que me entregou o texto escreveu em um pedaço de papel "nem sempre será assim". Esse papel tem me acompanhado sempre. Da próxima vez que encontrar você, vai ganhar um também. Ah, e procure a letra da música recomendada aí­ embaixo. Vale a pena também.

E Verme, mais uma vez, tu é foda.
Para ler ouvindo: Tá bom | Los Hermanos

7.6.05

Final Straw



Coçavam-me os pés e com as mãos retirava finas camadas de pele que, amontoadas no chão, pareciam sobras de borracha. Levantei a cabeça e deparei-me com olhos cor d'água. Ingagou-me sobre a ferida no joelho e estranhei que a farinha debaixo de mim não tivesse chamado mais a atenção do que aquela í­nfima casquinha.

- Não compreendo o espanto. Apenas um amontoado de plasma, plaquetas, hemácias e etc. Secos.

Disse-me que entendia, mas nunca tinha visto uma daquele jeito. Tinha à minha frente uma estudiosa de formatos de coágulos de joelho, ora essa. Voltei-me aos pensamentos originais e também a coçar o pé esquerdo. Não entendo por que a maioria dos livros credo/religiosos utilizam uma linguagem tão rebuscada. Bíblia e Alcorão talvez justifiquem-se no tempo mas tantas traduções e renovações de linguagem já foram feitas e preveni-vos, alertai-vos, ó Deus, não atraiçoeis, perfí­dia, malversá-las-ão são tão constantes que me falta saco, sim, saco mesmo, de continuar a leitura. E Kardec, qual a desculpa? Xavier não sei, pois nunca o li. Agora coço os dois pés ao mesmo tempo. Minha única conclusão é que tal literatura, de maneira velada, segue os princí­pios da Santa Madre medieval, que proibia determinadas leituras. Ninguém proí­be efetivamente, mas quem as lê? Quem ultrapassa uma página sem usar o dicionário pouco compreende, consequentemente, não pensa a respeito. Mais cômodo crer sem questionar? Talvez seja essa a vantagem de ser prolixo. Maldito pé direito. A perita em feridas continuava a fitar-me.

- Pode continuar estudando-a em um café. O que acha?

Olhos.

- Um expresso e um cappuccino.

Cor de água.

- Alguma vez já tentou ler a Bí­blia ou o Alcorão?
- Pode levantar a calça até a altura do joelho, por favor?

Cada um absorto em seus próprios interesses e meus pés pararam de coçar.

-----

Daqui pra baixo não tem nada a ver com aquilo ali em cima.

-----


- De vez em quando você posta uns textos no seu blog, não?
- Unhum.
- Que estranho!
- Não acho. Gosto de escrever.
- Ah! Mas são textos seus?
- Sim. A maioria.
- Ah, tá!

Clássico exemplo de como ser educado ao dizer "que coisa ruim".
Sou teimoso, pretencioso e birrento. Vou continuar.

-----

Daqui pra cima não tem nada a ver com nada.
Ouvindo: Somewhere A Clock Is Ticking | Snow Patrol

4.6.05

B-Sides And Otherwise



Erro no Servidor

O Gmail não está disponí­vel no momento. Com os dedos cruzados, tente novamente daqui a alguns minutos. Pedimos desculpas pelo transtorno causado.

-----

Cada vez mais matreiro esse Google.
Ouvindo: Mail | Morphine