Cruelty Without Beauty
“Também te doem as lágrimas quando caem?�.
Silêncio -penso. “Não choro�, foi a resposta.
“Pois tente agoraâ€�, sua pequena mão apertou meus testÃculos. O que era para ser dor foi prazer e chorei pela primeira vez.
Nunca mais consegui ter uma ereção. Apostei pequenas fortunas com prostitutas. Nunca perdi. Demônios. Pretensão achar que suas bocas imundas superariam aquela inocência e candura.
Alguns calendários no lixo. Encontro-a amamentando e sinto reação. Ela sorri. Quero beijá-la, mas um único e suficiente gesto de repulsa; “Papai não nos perdoaria�.
Arranco o bebê do colo e sinto o gosto do colostro. Sabia que naquele momento mataria minha única chance de cura e meu único amor.
O cheiro de uma vagina é sagrado.
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Promoloser
Em "Diário de um fescenino" (Rubem Fonseca), Rufus, o protagonista/narrador, acusa crÃticos e leitores de confundir obra e autor, ou seja, imaginam que o que está escrito faz parte (necessariamente) da vida de quem escreveu.
O protagonista dá nome e sobrenome a esse tipo de comportamento.
O primeiro a postar o nome da sÃndrome leva pra casa o "Human Conditions", do Richard Ashcroft (ex-vocalista do The Verve).
Dica: Philip Roth. Mais do que isso fica muito fácil.
Go to Google, little worms. Go!
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Soft Cell é um projeto do Marc Almond, cultuado na década de 80.
É um eletrônico chatinho mas muitos comparam sua voz e estilo ao Morrissey. Acho exagero. De qualquer maneira não consegui encontrar música -e até mesmo o nome do CD- mais perfeitos para esse post.
Também não consegui o mp3 de "Caligula Syndrome" (ouvi em streaming), mas estou colocando o link de "Tainted Love". Ouçam. Além de relembrar os bailinhos 80's vão reconhecer Soft Cell. Tirem suas próprias conclusões.
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